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Estaciono
o carro e variado varrido, pra variar estou com o relógio natural desencontrado
ao universal, atrasado, nop problema, por falar neles, expurgo e estanco qualquer parente desses que
se denominam inimigos dos meus espasmos de paz. No momento não posso
deixar que meus lapsos apaziguadores sejam condenados ao fim absoluto nesses
caóticos segundos chamados vida. Outra, percebi/admiti que meus atrasos não são problema, afinal e afinado, os atrasos se encontram. E eu em minha extrema e
intensa ganas de rir e compartir, tardei ao encontro, contando a meu fiel
cúmplice dessa encardida jornada o quanto capangas da vulnerabilidade insistem
em me encarar ao mesmo tempo que, do outro lado da
rua as hostess da euforia me recebem lindas, cheirosas e simpáticas. Com
o tempo me espancando e ponteiros me atravessando, antes do encontro, um breve e indispensável parar,
precisava decorar minha mente perdida, a base do remédio de Dr.: um dual que
alivia a ansiedade, dando um leve e até agora ausente estalo de
disposição. Dando ou não dando tô dropando guela adentro, cachola abaixo. Aqui
as madrugadas se tornam Fellinianas. Seja como for, de algum jeito vai
ser. E como profecia escarrada, ao passar na frente do bar, lembrei. Dia de jogo.
Do time. Dela. Saiu do banho e viu o jogo de toalha até o terceiro e último
tento. Sem calcular ou cronometrar qualquer tempo, cheguei na hora exata,
possibilitando o atraso dela encontrar o
meu atraso. Os atrasos se encontram. Com sorrisos, conversamos amenidades, nos
aproximamos e distraído a vida me beijou. Liberté. Sobre lençóis brancos nos
abraçamos, degustamos o sono dos amantes e ao despertar, mais sonho, em seu
espelho do quarto a palavra vermelha de
batom sorria para mim. Do mesmo jeito no
espelho do banheiro. O coração rascunhado a dedo sobre vapor pela peste do
amor. Os corações eram feitos de arame farpado, agulhas, gilete e sangue. Agora
não, agora, pra sempre, nunca mais, não.